Tanto se fala em estabelecer prioridades, escolher o mais importante e de fato priorizar na carreira, na vida ou simplesmente na agenda do dia. É relativamente fácil estabelecer prioridades no papel ou no bate-papo com amigos, mas isso não representa que assim será.
No discurso: Neste ano vou trabalhar menos e “viver” mais.
Na prática: São tantas demandas que não consigo vencer nas horas que tenho dispensadas ao trabalho.
No papel: Neste ano preciso emagrecer.
Na prática: Impossível resistir a este sorvete maravilhoso na beira da piscina ou a degustar aquela espumante deliciosa no grupo de amigos!
Na promessa: São tantos livros na estante aguardando, este ano vou ler mais.
Na prática: Este novo seriado me conquistou, não consigo parar de assistir antes de terminar.
No planejamento: Alimentação saudável é a meta.
Na prática: Falta tempo para cozinhar e até mesmo ir ao supermercado fazer escolhas conscientes. Quem dirá pesquisar receitas para no cardápio inovar?
Na listinha: Merecemos uma linda viagem de férias ao litoral.
Na prática: Mês a mês não sobra grana para isso.
Você já deve ter ouvido que papel aceita tudo. No discurso as ideias também são aplaudidas e “apoiadas”. Na prática, o cenário muda e o ano velho toma espaço dentro na magia e expectativa do novo que estava para vir.
Ano novo, velhas práticas, antigas rotinas, mesmo estilo de vida. Será que de fato nada mudou?
Nada se transforma se você não mudar. Plantando as mesmas sementes crescerão os mesmos frutos. Com os mesmos temperos o sabor não tende a mudar.
Para mudar, novas prioridades precisam ser adotadas. E priorizar requer escolher e, geralmente, isso implica dizer não e deixar oportunidades e possibilidades para trás.
O que estou verdadeiramente disposto a encarar em 2021?
Quais renúncias farei em prol dos meus objetivos, projetos e sonhos?
Quais as trocas valem a pena para mim?
Se ainda não fez, dá tempo de rever a lista e decidir.
Depois, a palavra-chave é AÇÃO porque o tempo de viver é, sim, agora.